Thursday, April 7, 2016

Quinta-feira 7 de Abril de 2016

Início do filme: a camera tem um visto de uma estação do treino com muita gente a sair do treino. Não mostra os rostos das pessoas. Cada um tem sua história própria, desconhecido dos outros. Depois vira para o rosto de uma mulher:

"Edu, meu coração é seu. Não importa o que você tenha feito, eu te amo. Eu te amo. Esses anos todos e você vai ficar trancado aí dentro, eu também vou ficar trancada aqui fora te esperando."
         (Dirigido por Walter Salles, "Central do Brasil," 1998)

Depois a camera se põe no visto atrás de barras, mostrando muitas pessoas andando na estação. Assim é como se estivessem trancadas também. O diretor transmite a ideia de anonimidade assim com a gente desconhecido, tal como a ideia de individualidade ao mostrar de visto muito pertinho, as pessoas ditando a carta para Dora.

Thursday, March 31, 2016

Quinta-feira 31 de Março de 2016

"Começo a ter consciência de ter consciências. Talvez amanhã desperate para mim mesmo, e reate o curso da minha existência própria."

        (Bernardo Soares, trecho 139)

     Inteligência é assim. Depois de ganhar o conhecimento ou a consciência de algo, não podemos regressar em direção à nossa ignorância. A vida se esclarece e já não é o mesmo devido à essa consciência. Então temos a escolha de tomar uma vida à partir deste conhecimento.
     Já não estamos satisfeitos com nossa existência então é aí que construimos nosso próprio ser, mossa própria existência.

Thursday, March 24, 2016

Quinta-feira, 24 de Março de 2016

Marli
Primeiro quero tirar isso a limpo. Quero que essa vaca saiba que você é meu. (Com orgulho) Meu! (Grita para Rosa:) Esta roupa foi comprada com o meu dinheiro! Esta e todas que ele tem!

Bonitão
(Perde a paciência, ameaçador.) Se você não for pra casa imediatamente, nunca mais eu deixo você me dar nada!

       (Dias Gomes, Pagador de Promessas, página 95)


Chocante--Esta ideia de que o valor e a identidade de uma mulher se baseia na sua habilidade de providenciar coisas por homens. Bonitão ameaça negar Marli este "privilégio" de lhe dar roupa e outras coisas, e assim, é como se ele estivesse a negá-la sua identidade e seus desejos maternais.

Que perversa esta mentalidade. E marli está metida nesta situação por falta de uma forte auto-identidade. Ela precisa ter orgulho por poder possuir alguma coisa, e o Bonitão se aproveita de sua mentalidade.

Thursday, March 17, 2016

Quinta-feira, 17 de Março de 2016


Acho que os meus ombros estão em carne viva

Rosa
Bem feito. Você não quis botar almofadinhas, como eu disse.


(Convicto.) Não era direito. Quando eu fiz a promessa, não falei em almofadinhas.

Rosa
Então: se você não falou, podia ter botado; a santa não ia dizer nada.


Não era direito. Eu prometi trazer a cruz nas costas, como Jesus. E Jesus não usou almofadinhas.

Acho fascinante a crença e tradição de fazer e cumprir promessas para certos santos. Tendo trazido a cruz sessenta léguas de pé, nas costas, o Zé aqui diz que seus ombros estão em "carne viva." Que dolorosa sua promessa e dedicação.
Embora essa forma de praticar sua religião seja muito diferente de minha cultura, tenho muito respeito pelas pessoas que possuem tal vigor espiritual.

Thursday, March 10, 2016

Quinta-feira, 10 de Março de 2016

               Cilada Verbal

Há vários modos de matar um homem:
Com o tiro, a fome, a espada
Ou com a palavra
                    --envenenada.
Não é preciso força.
Basta que a boca solte
A frase engatilhada
E o outro morre
                    --na sintaxe de emboscada.

         (Poema de Affonso Romana de Sant'Anna interpretado na roda de poemas)


Não podemos esquecer qual efeito nossas palavras têm nos outros. Neste poema affonso de Sant'Anna assevera que as palavras até têm mais impacto e mais capacidade de destruir do que a própria força e poder.
Assim percebemos porque devemos pensar antes de falar. Mas por outro lado, da mesmo forma que palavras têm poder para ofender e destruir, também podem encorajar, persuadir, e elevar. Usemos nossas palavras pelo bem.

Thursday, March 3, 2016

Quinta-feira, 3 de Março de 2016

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

(Autopsicografia, Fernando Pessoa)


The poet is a fraud
He fakes so thoroughly
That he comes to believe his pain
Is the grief he surely feels. 
And those who read his words,
Feel the pain he tried to convey, 
Not the deep and double sorrow in his heart,
But the pain that would never be theirs.
And thus on its turning wheels
It rolls on, containing the reason,
This counterfeit train of chords
That we know as the heart.

O poeta quer se expressar de uma forma emocionante e dolorosa, mas por vezes nem possui estes próprios sentimentos. Nós, como leitores, engolimos este material. Ficamos inspirados. Sentimos coragem. Queremos ser mais. Sentimos dor. Tudo maquinado pelo coração 

Thursday, February 25, 2016

Quinta-feira, 25 de Fevereiro de 2016

                  ovo
        n   o   v   e   l   o
    n o v o   n o   v e l h o
 o  f i l h o  e m  f o l h o s
n a  j a u l a   d o s  joelhos
 i n f a n t e  e m   f o n t e
    f  e  t  o      f  e  i  t  o
          d e n t r o  d o
                centro

      Augusto de Campos, "Ovonovelo," pág 146


O poema aqui se forma na configuração do sujeito contido em si--um ovo. Assim este poema serve como um exemplo excelente de poesia concreta. Como vemos aqui, as palavras deste poema são manipuladas para que se expressem, pela forma, o sujeito, ou o propósito do poema. Acho interessante que em tal tipo de poema, a configuração do poema toma tanta prioridade, que a forma em muitos casos se torna mais importante do que as próprias palavras.

Thursday, February 18, 2016

Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2016

O morcego

Meia-noite. Ao meu quarto me recolho. 
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: 
Na bruta ardência orgânica da sede, 
Morde-me a goela igneo e escaldante molho.

"Vou mandar levantar outra parede..."
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh'alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!

A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!

         (Augusto dos Anjos, O morcego pág 214)


Ficamos, às vezes, despertos--pensando nos erros que pendem sobre nossa cabeça e nos torturam. Não queremos lidar com a culpa, os sentimentos que queimam a mente. Levantamos parede, bloqueamos tal sentimento, tentamos expelir o morcego que bate ao redor da nossa cama e rasga a mente.

Não dá. Pegamos de um pau e lançamo-lo no morcego. Talvez consigamos acabar por matá-lo. Mas enfim, apesar dos esforços, não se consegue se afastar da Consciência Humana. Esse morcego entra no quarto, circunda nossa cama e nos acorda toda noite.

Friday, February 12, 2016

Sexta-feira 12 de Fevereiro de 2016

Redação sobre a narrativa curta

Dentro de um restaurante, o narrador observa com desgosto os movimentos e o consumo

de um homem velho, forte e poderoso. Ao observer e tomar nota da forma gulosa em que o

homem idosa consome seu jantar, o narrador assalienta o problema de que seres humanos fortes,

poderosos e influenciais tomam poder e precedência sobre os outros, sejam animais ou outros

seres humanos. O narrador demonstra esta realidade de consumismo abusive ao descrever o

homem corpulento, forte e poderoso, e a maneira em que ele come o seu jantar.

Ao descrever o homem sendo observado, o narrador enfatiza certas qualidades do homem

que denotam figuros de poder. Ele observa que o homem “era alto, corpulento, de cabelos

brancos, sobrancelhas espessas e mãos potentes. Num dedo o anel de sua força. Sentou-se amplo

e sólido” (Lispector 1). Neste observação, o narrador focaliza na descrição do homem velho,

usando palavras para sugerir que é um figuro de importância, potência e força. “O anel de sua

força”—um pequeno detalhe que diz tanto sobre a posição social do homem. Assim com

observações simples mas descritivos, o narrador estabelece o caráter de um consumidor.

Depois de estabelecer que o homem observado é um figure de poder e significado, o

narrador observou que ele “virava subitamente a carne de um lado e de outro, examinava-a com

veemência, a ponta da língua aparecendo — apalpava o bife com as costas do garfo, quase o

cheirava, mexendo a boca de antemão” (Lispector 1). Bem focalizado na comida, o homem

guloso nem pensa naquilo que está a comer, nem nas consequências que resultam de suas ações--

a supressão de pessoas menos potentes.

 Esta observação afeta o narrador de tal maneira que mal consegue comer o seu próprio

jantar. Vendo a forma gulosa que o homem comia seu jantar, ele conta que “olhei para prato.

Quando fitei-o de novo, ele estava em plena glória do jantar, mastigando de boca aberta,

passando a língua pelos dentes, com o olhar fixo na luz do teto” (Lispector 2). O homem aqui

não tem qualquer restrição sobre a maneira em que ele se comporta ao comer. A reacção de

repulsa do narrador dá ênfase à gula do consumismo.

Em seguinte, o narrador fica ainda mais pasmado com a maneria em que o homem come

gulosamente. Ele fica repugnado, chocado e até irritado com o homem. Supreendida com a

forma que ele se portava, ele nota que “sua violenta potência sacode-se presa. Ele espera. Até

que a fome parece assaltá-lo e ele recomeça a mastigar com apetite, de sobrancelhas franzidas.

Eu é que já comia devagar, um pouco nauseado sem saber por quê, participando também não

sabia de quê" (Lispector 3). Assim a descrição dele serve como mais um exemplo que fortalece a

ideia do caráter do homem guloso e consumidor. Ele até ficou nauseado ao observer suas açoes.

Ao descrever este homem, o narrrador faz com que o leitor fique com uma ideia tangível de

Mais uma vez o narrador fica com nojo do homem consumidor. O efeito é tão profundo

que ele diz, “Inclino-me sobre a carne, perdido. Quando finalmente consigo encará-lo do fundo

de meu rosto pálido, vejo que também ele se inclinou com os cotovelos apoiados sobre a mesa, a

cabeça entre as mãos" (Lispector 3). Aqui enfatiza -se a justaposição entre a forma de comer do

homem e do narrador. O narrador começa a perceber que não quer que seja associado com tal

homem. No pasmo da cena que o narrador está a observar, ele nem conseque comer o seu

próprio jantar. Assim ele enfatiza a natureza repugnante chocante de consumismo abusivo.

O narrador vem, a um certo ponto, à conclusão de que ele já não aguenta a forma gulosa

deste homem. Ele decide que não quer nada a fazer com este homem. Repugnado, ele diz, “Eu

não podia mais, a carne no meu prato era crua, eu é que não podia mais. Porém ele

— ele comia” (Lispector 3). O narrador enfatiza a maneira em que o homem idoso come em

comparação com o grande desgosto dele. O narradoar vê que já não conseque aguentar este

consumismo mais. Apesar de como suas ações afetam outros, o homem continua a comer e se

Enfim o narrador faz uma declaração dizendo, “Quando me traíram ou assassinaram,

quando alguém foi embora para sempre, ou perdi o que de melhor me restava, ou quando soube

que vou morrer — eu não como. Não sou ainda esta potência, esta construção, esta ruína.

Empurro o prato, rejeito a carne e seu sangue” (Lispector 4). Aqui ele declara que ele já não

aguenta este tipo de consumismo, e dominação sobre os outros. Ele ainda tem dignidade e recusa

Thursday, February 4, 2016

Quinta-feira 4 de Fevereiro de 2016

"O próprio ator interrompe a ação e por fim compreende aterrorizado e a um só tempo a sinistra coincidência da cena e do momento, o que aquele vulto veio anunciar sobre o mundo do lado de fora, com buzinas, motores e sirenes; compreende por que a mulher não apareceu e afinal o que sente o humilde lavrador; compreende por que o diretor não o interrompeu desta vez, porque por fim esteve perfeito na pele do lavrador em sua súplica diante da morte; compreende que por um instante encarnou de fato o lavrador, que involuntária e inconscientemente, por uma trapaça do destino, tornou-se o próprio lavrador pelo que aquele vulto veio anunciar; compreende tudo num segundo." 

(Bernardo Carvalho, Estão Apenas Ensaiando, Página 4)

Acho interessante que este conto mostra a justaposição entre a maneira em que o ator estava a interpretar o papel do lavrador as primeiras vezes, e depois de perceber porque a sua mulher se atrasava e que de verdade estava morta. Assim o conto indica que o arte, sem compreensão e experiência no "mundo de lado de fora," é considerado vazio e plano--sem substância. Mas a vida presta-se a experiência, tragédia, e crescimento e é então que o arte começa a tomar significado para o indivíduo.

Na missão, o trabalho foi duro e as pessoas fechadas e muitas vezes chateadas connosco. Passei muito tempo a andar e pensar. As experiências durante este tempo deixou o meu coração mais macia e compreensivo. Fiquei mais emocionante e durante conversas e lições, percebi que eu não estava  apenas a recitar pontos de uma lição--não era apenas um ator a interpretar um papel--mas sim falava os sentimentos próprios. Assim a vida dá significado ao arte.

Thursday, January 28, 2016

Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2016

"Ninfa, doce amiga, fantasia inquieta e fértil, tu me salvaste de uma ruim peça com um sonho original, subsitituiste-me o tédio por um pesadelo: foi um bom negócio. Um bom negócio e uma grave lição."

(Joaquim Maria Machado de Assis, A Chinela Turca, Pág. 8)

Aqui na resolução desse conto, o Duarte  organiza seus pensamentos e refleta no impacto que seu sonho, ou melhor, seu pesadelo teve nele. Acho interessante que sonhos muitas vezes revelam verdades e dão introspecções que mudam a forma que nós sentimos em relação a certas coisas. Sonhos podem até afetar nossas escolhas. No conto, o bacharel Duarte descobriu muitas de seus medos e preocupações em relação à Cecília.

Também acho interessante a fuga que o sonho messe caso fornece ao Duarte. Mesmo sendo um pesadelo cheio de terror e confusão, Duarte preferiu uma "experiência" assim  em vez  de agüentar o tediosa peça do major.

Wednesday, January 20, 2016

Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2016


"Sentei-me à mesa que havia no centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D'Artagnan e fui-me às aventuras...logo depois vi assomar à porta da sala o vulto de Conceição. Conceição entrou na sala, arrastando as chinelinhas da alcova. Vestia um roupão branco, mal apanhado na cintura. Sendo magra, tinha um ar de visão romântica, não disparatada com o meu livro de aventuras. Fechei o livro, ela foi sentar-se na cadeira que ficava defronte de mim."

(Joaquim Maria Machado de Assis, 'Missa do Galo,' p. 1)


Aqui acho interessante a maneira em que o autor faz uma análise de Conceição como se ela fosse uma das aventuras de seu livro. Ele a observa e analiza cuidadosamente e faz comentário para si dos atributos físicos dela. Era notável quando a professora visitante, Dr. Anna-Lisa Halling salientou que o autor despedaça a Conceição, em vez de falar dela como uma pessoa inteira que ela é.

Quantas vezes acontece que nós olhamos para uma pessoa e fazemos separação dela. Observamos os
atributos fisicais, o modo de andar, de falar--as coisas exteriores, superficiais. Isto fazemos em vez de ver a pessoa como ela é. Poderíamos nos esforçar por entender como a pessoa pensa, o que acredita, aquilo que ela acha importante, e por que. Assim em vez de "[ver] o que está diante dos olhos, podemos fazer como O Senhor faz, isto é, "[Olhar] para o coração" (A Bíblia Sagrada, 1 Samuel 16:7).

Wednesday, January 13, 2016

Quarta-feira, 13 de Janeiro de 2016

"Assim, por uma ironia da sorte, os bens do Coronel vinham parar às minhas mãos. Cogitei em recusar a herança. Parecia-me odioso receber um vintém do tal espólio; era pior do que fazer-me esbirro alugado. Pensei nisso três dias, e esbarrava sempre na consideração de que a recusa podia fazer desconfiar alguma coisa. No fim dos três dias, assentei num meio termo; receberia a herança e dá-la-ia toda, aos bocados e às escondidas. Não era só escrúpulo; era também o modo de resgatar o crime por um ato de virtude." 
(Joaquim Maria Machado de Assis, 'O Enfermeiro,' pág. 4) 

Aqui acho interessante os extremos a que uma pessoa vai chegar para ocultar um erro e restituir a paz de consciência. Ao longo do conto, Procópio esbarra na consideração todas as opções disponíveis para manter a aparência de inocência. 
Mesmo sendo justificado em se defender contra a violência e as  pancadas do Coronel, Procópio esgota as ideias de como ele pode esconder a fatalidade. Se não houver outros motivos de mudar ou agir, o medo de ser descoberto tem o poder de compelir nossas ações. 

Thursday, January 7, 2016

Quinta-Feira, 7 de Janeiro de 2015

Semana 1

"Interpretations vary not only among individuals and communities, but they vary according to the context in which one places the object to be interpreted. A work of art may take on very different meanings when we first view it knowing very little of its historical background and then see it after having gained much knowledge of the artist's life, other works, and times."

    (Writing About the Arts and Humanities, 2E, David B. Paxman and Dianna Ma. Black, 68)

Neste análise sobre o conceito de interpretação dado por Paxman e Black, encontra-se varios pontos válidos e interessantes. Quando uma obra, seja de arte, literatura, música ou dança, está apresentado a uma audiência em particular, a maneira em que as pessoas recebem a obra e o significado que encontram pode ser muito diferente do que a recepção de uma outra audiência. Por que? Porque  aspectos como conhecimento da artista e do contexto da abra em questão tal como uma apreciação da obra fazem toda diferença entre as pessoas que compreendem e dão valor à obra e as pessoas que olham para a obra, apenas encolher os ombros  e vão-se embora.

Entre o grupo das pessoas qualificadas que participam na conversa de uma obra ou um certo assunto, há também diferença na maneira em que a interpretação é formada. Por exemplo, no meu curso de Illustração, existem várias formas de desenhar  a figura humana. Mesmo que todos os meus colegas estão a concentrar no mesmo modelo, o resultado de cada desenho é tão diferente do próximo, que confirma  a ideia de que uma obra de arte pode ter um significado para uma pessoa, mas diferente para outra. É por isso que interpretar pode ser uma coisa tanto dificil, por não saber qual interpretação de sequir, como  libertador, por poder explorar as opções e caminhos de interpretação disponíveis.