"Ninfa, doce amiga, fantasia inquieta e fértil, tu me salvaste de uma ruim peça com um sonho original, subsitituiste-me o tédio por um pesadelo: foi um bom negócio. Um bom negócio e uma grave lição."
(Joaquim Maria Machado de Assis, A Chinela Turca, Pág. 8)
Aqui na resolução desse conto, o Duarte organiza seus pensamentos e refleta no impacto que seu sonho, ou melhor, seu pesadelo teve nele. Acho interessante que sonhos muitas vezes revelam verdades e dão introspecções que mudam a forma que nós sentimos em relação a certas coisas. Sonhos podem até afetar nossas escolhas. No conto, o bacharel Duarte descobriu muitas de seus medos e preocupações em relação à Cecília.
Também acho interessante a fuga que o sonho messe caso fornece ao Duarte. Mesmo sendo um pesadelo cheio de terror e confusão, Duarte preferiu uma "experiência" assim em vez de agüentar o tediosa peça do major.
Thursday, January 28, 2016
Wednesday, January 20, 2016
Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2016
"Sentei-me à mesa que havia no centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D'Artagnan e fui-me às aventuras...logo depois vi assomar à porta da sala o vulto de Conceição. Conceição entrou na sala, arrastando as chinelinhas da alcova. Vestia um roupão branco, mal apanhado na cintura. Sendo magra, tinha um ar de visão romântica, não disparatada com o meu livro de aventuras. Fechei o livro, ela foi sentar-se na cadeira que ficava defronte de mim."
(Joaquim Maria Machado de Assis, 'Missa do Galo,' p. 1)
Aqui acho interessante a maneira em que o autor faz uma análise de Conceição como se ela fosse uma das aventuras de seu livro. Ele a observa e analiza cuidadosamente e faz comentário para si dos atributos físicos dela. Era notável quando a professora visitante, Dr. Anna-Lisa Halling salientou que o autor despedaça a Conceição, em vez de falar dela como uma pessoa inteira que ela é.
Quantas vezes acontece que nós olhamos para uma pessoa e fazemos separação dela. Observamos os
atributos fisicais, o modo de andar, de falar--as coisas exteriores, superficiais. Isto fazemos em vez de ver a pessoa como ela é. Poderíamos nos esforçar por entender como a pessoa pensa, o que acredita, aquilo que ela acha importante, e por que. Assim em vez de "[ver] o que está diante dos olhos, podemos fazer como O Senhor faz, isto é, "[Olhar] para o coração" (A Bíblia Sagrada, 1 Samuel 16:7).
Wednesday, January 13, 2016
Quarta-feira, 13 de Janeiro de 2016
"Assim, por uma ironia da sorte, os bens do Coronel vinham parar às minhas mãos. Cogitei em recusar a herança. Parecia-me odioso receber um vintém do tal espólio; era pior do que fazer-me esbirro alugado. Pensei nisso três dias, e esbarrava sempre na consideração de que a recusa podia fazer desconfiar alguma coisa. No fim dos três dias, assentei num meio termo; receberia a herança e dá-la-ia toda, aos bocados e às escondidas. Não era só escrúpulo; era também o modo de resgatar o crime por um ato de virtude."
(Joaquim Maria Machado de Assis, 'O Enfermeiro,' pág. 4)
Aqui acho interessante os extremos a que uma pessoa vai chegar para ocultar um erro e restituir a paz de consciência. Ao longo do conto, Procópio esbarra na consideração todas as opções disponíveis para manter a aparência de inocência.
Mesmo sendo justificado em se defender contra a violência e as pancadas do Coronel, Procópio esgota as ideias de como ele pode esconder a fatalidade. Se não houver outros motivos de mudar ou agir, o medo de ser descoberto tem o poder de compelir nossas ações.
(Joaquim Maria Machado de Assis, 'O Enfermeiro,' pág. 4)
Aqui acho interessante os extremos a que uma pessoa vai chegar para ocultar um erro e restituir a paz de consciência. Ao longo do conto, Procópio esbarra na consideração todas as opções disponíveis para manter a aparência de inocência.
Mesmo sendo justificado em se defender contra a violência e as pancadas do Coronel, Procópio esgota as ideias de como ele pode esconder a fatalidade. Se não houver outros motivos de mudar ou agir, o medo de ser descoberto tem o poder de compelir nossas ações.
Thursday, January 7, 2016
Quinta-Feira, 7 de Janeiro de 2015
Semana 1
"Interpretations vary not only among individuals and communities, but they vary according to the context in which one places the object to be interpreted. A work of art may take on very different meanings when we first view it knowing very little of its historical background and then see it after having gained much knowledge of the artist's life, other works, and times."
(Writing About the Arts and Humanities, 2E, David B. Paxman and Dianna Ma. Black, 68)
Neste análise sobre o conceito de interpretação dado por Paxman e Black, encontra-se varios pontos válidos e interessantes. Quando uma obra, seja de arte, literatura, música ou dança, está apresentado a uma audiência em particular, a maneira em que as pessoas recebem a obra e o significado que encontram pode ser muito diferente do que a recepção de uma outra audiência. Por que? Porque aspectos como conhecimento da artista e do contexto da abra em questão tal como uma apreciação da obra fazem toda diferença entre as pessoas que compreendem e dão valor à obra e as pessoas que olham para a obra, apenas encolher os ombros e vão-se embora.
Entre o grupo das pessoas qualificadas que participam na conversa de uma obra ou um certo assunto, há também diferença na maneira em que a interpretação é formada. Por exemplo, no meu curso de Illustração, existem várias formas de desenhar a figura humana. Mesmo que todos os meus colegas estão a concentrar no mesmo modelo, o resultado de cada desenho é tão diferente do próximo, que confirma a ideia de que uma obra de arte pode ter um significado para uma pessoa, mas diferente para outra. É por isso que interpretar pode ser uma coisa tanto dificil, por não saber qual interpretação de sequir, como libertador, por poder explorar as opções e caminhos de interpretação disponíveis.
"Interpretations vary not only among individuals and communities, but they vary according to the context in which one places the object to be interpreted. A work of art may take on very different meanings when we first view it knowing very little of its historical background and then see it after having gained much knowledge of the artist's life, other works, and times."
(Writing About the Arts and Humanities, 2E, David B. Paxman and Dianna Ma. Black, 68)
Neste análise sobre o conceito de interpretação dado por Paxman e Black, encontra-se varios pontos válidos e interessantes. Quando uma obra, seja de arte, literatura, música ou dança, está apresentado a uma audiência em particular, a maneira em que as pessoas recebem a obra e o significado que encontram pode ser muito diferente do que a recepção de uma outra audiência. Por que? Porque aspectos como conhecimento da artista e do contexto da abra em questão tal como uma apreciação da obra fazem toda diferença entre as pessoas que compreendem e dão valor à obra e as pessoas que olham para a obra, apenas encolher os ombros e vão-se embora.
Entre o grupo das pessoas qualificadas que participam na conversa de uma obra ou um certo assunto, há também diferença na maneira em que a interpretação é formada. Por exemplo, no meu curso de Illustração, existem várias formas de desenhar a figura humana. Mesmo que todos os meus colegas estão a concentrar no mesmo modelo, o resultado de cada desenho é tão diferente do próximo, que confirma a ideia de que uma obra de arte pode ter um significado para uma pessoa, mas diferente para outra. É por isso que interpretar pode ser uma coisa tanto dificil, por não saber qual interpretação de sequir, como libertador, por poder explorar as opções e caminhos de interpretação disponíveis.
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